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PORTAL PRÓPRIO X MARKETPLACE – Diferenças de aderência, flexibilidade, competitividade e compliance

“Toda estratégia de negócio tem vantagens e desvantagens que devem ser consideradas na escolha das empresas e dos executivos responsáveis por essas decisões.  Um bom indício para o caminho a ser adotado é fazer um benchmarking com as práticas usuais de mercado. O indicador B2Bol, há 15 anos preparado pela e-Consulting, publicado em agosto de 2017 pela COMPUTERWORLD, aponta para projeções que indicam que o comércio eletrônico entre empresas (B2B) deve superar R$ 1,8 Trilhões em 2017, com crescimento de mais de 4% sobre o ano anterior. Durante todo o período desse levantamento a participação dos marketplaces nunca foi superior a 25% do volume negociado, denotando uma clara preferência das médias e grandes empresas por operarem portais próprios.

Flexibilidade, Aderência, liberdade e agilidade para evoluir

Os marketplaces equivalem a uma empresa participar de um condomínio com regras próprias de convivência e com limitações para mudanças.  Um portal independente e personalizado, oferece para uma empresa desde a preparação da implantação do seu projeto ou, a qualquer tempo, total liberdade para poder customizar, modificar, evoluir e criar ainda mais aderência aos seus processos, especialmente na medida que for crescendo a experiencia dos usuários. Essa vantagem operacional e de aderência ao modelo de negócio tem um custo tecnológico inicialmente um pouco maior que um marketplace, por que não rateia custos  “de um portal ou plataforma compartilhado em condomínio”, que mesmo podendo requerer menor tempo e investimento para iniciar sua operação, vai carregar para sempre a falta de flexibilidade pela limitação estrutural desse modelo de atendimento e a restrição de liberdade para poder customizar e configurar livremente processos de forma ágil e aderente a sua operação.

Compliance e Governança

Um segundo ponto importante para grandes corporações é atender regras de negócio que o mercado, CVM e auditorias independentes consideram necessárias e suficientes para cumprir normas de compliance e as melhores práticas empresariais.  Nesse ponto em particular, os marketplaces mantêm as empresas assinantes de seus serviços submetidas a aceitação de regras de governança e riscos de compliance não controlados pelo hub comprador, como a cobrança direta ou indireta de mensalidade ou percentual sobre vendas de fornecedores assinantes do marketplace que possam atuar de forma preferencial em seus processos de procurement, sem que a empresa compradora perceba ou tenha consciência desse procedimento. Também não é raro fornecedores assinantes de marketplaces adquirirem pacotes de serviços para terem conhecimento prévio, imediato ou acesso mais ágil e facilitado a processos de compras abertos num marketplace, ou ainda, serem apresentados com maior visibilidade para os compradores. Assim podem ser habilitados primeiro em detrimento de outras empresas que, mesmo que possam ser mais qualificadas ou competitivas, poderão não chegar a ser encontradas e homologadas para participação num determinado processo de sourcing e procurement, sem que o Hub comprador esteja ciente dessa situação. Nesse modelo ocorre um viés de preferência de acesso e visibilidade, o que acaba criando também um risco de restrição à competitividade e ao nível de compliance requerido.

Competitividade e geração de resultados

As soluções de tecnologia de plataformas que podem ser utilizadas tanto no modelo “SaaS – Software as Service” ou “On Premisse” (portal instalado nos servidores disponibilizados pelo contratante), permitem a preparação de portais independentes, com total flexibilidade e recursos técnicos para poderem ser integralmente adaptados aos processos de um Hub comprador, com compliance operacional assegurado tanto no acesso como na escolha de fornecedores que participarão de processos de compra, sem qualquer custo direto ou indireto, possibilitando gerar os melhores resultados nas negociações pela alta competividade estabelecida, com trilhas e log de auditorias que podem ser acompanhados de forma autônoma por auditores externos. Complementarmente, as plataformas com tecnologias e soluções mais evoluídas, ainda disponibilizam acesso a rede ou bases de cadastros de fornecedores que podem ser analisados, consultados e homologados em processos autônomos e independentes de strategic sourcing, ampliando ainda mais a competitividade dos processos de procurement, mantendo elevado nível de compliance e governança. Nesse modelo de operação, todas as normas corporativas estabelecidas pela empresa podem ser parametrizadas na ferramenta de homologação de fornecedores com controle de validade de cadastro e documentos, e nos processos de procurement e sourcing. Os resultados que têm sido obtidos em ambiente de alta competitividade, costumam gerar, em média, saving superior a 10%, sem sacrifício de compliance, agilidade, qualidade de atendimento e de elevada aderência a processos e modelos operacionais dos hubs compradores.”

Autor: Gérson Mauricio Schmitt   https://www.linkedin.com/in/gersonschmitt/

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